Após quedas seguidas, com mínimas de 10 anos, acompanhando informações de ampla oferta e oscilações cambiais, o mercado futuro do arábica na ICE passou a subir nos últimos dias com preocupações de chuva e frio no Brasil, maior produtor e exportador.
Na semana passada, por exemplo, o café arábica na ICE registrou alta acumulada de 4,83%, saindo de 89,00 para 93,30 cents/lb no contrato referência de mercado, o julho/19. O principal motivo era a previsão do tempo no final de semana.
"O avanço dos preços externos e a valorização do dólar elevaram em alguns dias as cotações internas do arábica e do robusta", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Esse cenário favoreceu mais negócios.
O centro brasileiro destacou ainda que esse cenário de alta externa foi aliado à necessidade de produtores fazerem caixa para realização da colheita da safra 2019/20. As transações aconteceram tanto no spot quanto para entrega futura (em 2020 e 2021).
Segundo estimativa da consultoria Safras & Mercado, a colheita do café no Brasil atingia 16% até o dia 21 de maio. O número representa um avanço de seis pontos percentuais de uma semana para a outra, mas está mais adiantado que em 2018, apesar das chuvas recentes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 429,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,27% e saca a R$ 400,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 405,00 e alta de 1,25%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 400,00 e queda de 1,23%. A maior variação dentre as praças no dia ocorreu na Média Rio Grande do Sul com queda de 1,27% e saca a R$ 390,00.
Na sexta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 392,17 e alta de 0,14%.